Páginas

sábado, 24 de novembro de 2012

Chuva Ácida

O projeto apresentado a seguir, tem o objetivo de fazer com que qualquer pessoa, em qualquer lugar identifique a ocorrência de chuva ácida, um grande problema trazido pela poluição que está presente no ar.
E. E. PROFª ELIZA RACHEL MACEDO DE SOUZA
CHUVA ÁCIDA
 NOVEMBRO
2012
APRESENTAÇÃO
Esse projeto tem o objetivo de avaliar o nível de acidez das chuvas, de maneira simples com materiais fáceis de se encontrar, e o quanto a mesma pode prejudicar o meio ambiente, além de poder verificar o que está causando essa acidez.
 FORMAÇÃO DA CHUVA ÁCIDA
A água pura é corrosiva e, portanto, ácida, já que seu pH é 5,5 sem qualquer poluição. Esse nível de acidez da água se intensifica quando chega à urbanização e industrialização em determinado lugar, logo a chuva se torna mais ácida do que a normal.
Para compreender melhor, o Dióxido de carbono liberado pelas plantas e pelos animais combina-se facilmente com o vapor de água disperso no ar, a reação forma, assim, o ácido carbônico que dá a chuva seu caráter ácido. O processo é constante e natural. No litoral, partículas de cloro do sal (NaCl) combinam-se com a água da atmosfera e formam o ácido clorídrico. Na Antártida, o pH da chuva varia ao redor de 4,5 por causa dos gases com enxofre liberados nas erupções vulcânicas.
Gases como os óxidos de enxofre e de nitrogênio, liberados por automóveis e indústrias, intensificam o processo de formação de chuva ácida, que se tornou comum em regiões de concentração urbana e fabril.
COLETA E ANÁLISE DA ÁGUA DA CHUVA
1.      Para recolher amostras de água de chuva, monte um pluviômetro com uma garrafa plástica e um funil. Bandejas de plástico ou potes de vidro também servem, só não pode utilizar metal, pois este pode liberar partículas que interferem no resultado. Deve-se lavar o recipiente com água fervida antes de usar. Deixe ao ar livre e recolha logo após a chuva.
2.      Coloque a água em um tubo de ensaio e mergulhe nele uma tira de papel tornassol, se a tira que é branca, mudar de cor, a chuva é ácida, pois em soluções neutras e básicas a tira de tornassol continua branca.
- Caso não tenha o papel tornassol, uma alternativa é ferver alguns pedaços de repolho roxo até que a água fique lilás. Se for colocado na água da chuva e esse líquido se tornar rosa, a chuva é ácida, se ficar azul é básica.
EXEMPLOS DE pH
Amoniaco – 12,0
pH ácido = 0,1 à 6,9
pH neutro = 7
pH básico ou alcalino = 7,1 à 14

Fermento em pó – 8,0
Leite de vaca – 6,6
Suco de tomate – 4,5
Vinagre – 3,5
Refrigerante (tipo “cola”) – 2,8
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Revista Nova Escola, ano XIII – nº 114, agosto de 1998, Educação Ambiental: A Floresta em Perigo, p. 42 a 45.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Quantidade de lixo produzido por pessoa no Brasil e no mundo!

O lixo originado nas residências é denominado doméstico ou domiciliar e resulta de atividades cotidianas como: limpar a casa, cozinhar, ir ao banheiro, estudar, etc.. No Brasil, cada pessoa produz entre 300 a 500 gramas/dia, podendo chegar a 1 kg/dia nos grandes centros urbanos, sendo que 50% corresponde a sobras de alimento, ou seja resíduos orgânicos, e os outros 50% corresponde a materiais descartáveis.
No decorrer do último século, a população mundial dobrou de tamanho, já somamos cerca de 6 bilhões de habitantes, todos produzindo lixo em maior ou menor quantidade. Em geral, quanto mais rico e industrializado for um país, maior será também a produção e o consumo de descartáveis, consequentemente , a quantidade de lixo produzido por seus habitantes será mais elevada, com plásticos, papéis e latas em abundância.

Quanto mais rico mais sujeira
Em geral, os países mais desenvolvidos produzem mais lixo domiciliar per capita (quilos por dia)

Estados Unidos - 3,2
Itália - 1,5
Holanda - 1,3
Japão - 1,1
Brasil - 1
Grécia - 0,8
Portugal - 0,6

Fonte: Revista Veja 17/03/99

Fonte:
Livro: 50 coisas simples que as crianças podem fazer para salvar a Terra. Rio de Janeiro: José Olympio Editora, 2002.
Livro: Lixo: de onde vem? Para onde vai? Francisco Luiz Rodrigues e Vilma Maria Cavinatto. São Paulo: Editora Moderna, 1997.
Coleção Reciclagem e Ação. 5 Elementos - Instituto de Educação e Pesquisa Ambiental. São Paulo - SP.
Cadernos de Reciclagem 3 - Coleta Seletiva nas Escolas. CEMPRE - Compromisso Empresarial para a Reciclagem. 1993

Aponte uma solução para a problemática do LIXO.....

Um dos grandes problemas do mundo atual é o lixo......
Quase não temos espaço suficiente para colocar o lixo que produzimos, sendo que a quantidade de lixo produzida por dia e por pessoa é muito grande........
Pensando nisso, qual seria a melhor solução para resolver essa problemática?
Participe e coloque a sua opinião, pois ela é muito importante para o nosso planeta.....

sábado, 6 de novembro de 2010

O SANEAMENTO NO MUNDO E NO BRASIL

Neste início de século XXI e de terceiro milênio, mais de 2 bilhões de pessoas não têm  acesso aos serviços sanitários básicos e estima-se que, a metade da população urbana dos países em desenvolvimento, não possui serviços adequados de tratamento dos resíduos sólidos (i). Não menos de 5,2 milhões de pessoas, entre elas 4 milhões de crianças menores de cinco anos, morrem a cada ano devido a enfermidades relacionadas com os resíduos ( ).


Foto  1 – Sertão Brasileiro

Em 1995 a Organização Mundial da Saúde registrou mais de 4 bilhões de casos de diarréia infecciosa por ano, ou seja mais de 100 casos por segundo ( ).
Os males relacionados com a pobreza são os que mais matam no mundo e as doenças infecciosas atingiram 16,4 milhões de óbitos no ano de 1999 contra 6 milhões de câncer (  ).



Foto 2 – Criança Africana


No Brasil, 63,9% dos domicílios são atendidos por serviço de água tratada. No entanto, apenas 33,5% possuem conexões com redes de coleta de esgoto. Ou seja, dois em cada três domicílios brasileiros lançam seus dejetos diretamente em córregos, rios, mares e lençóis freáticos. Em outras palavras, dois em cada três domicílios brasileiros estão vivendo em cima do próprio esgoto.



Foto 3 – Palafitas em Manaus - AM

Os dados são da mais recente Pesquisa Nacional de Saneamento Básico (PNSB)(iv), realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) no ano de 2000 e divulgada no final de março de 2.002, que mostra também:


*  47,8% DOS MUNICÍPIOS BRASILEIROS NÃO TÊM COLETA DE ESGOTO. 32% SÓ COLETAM E APENAS 20,2% COLETAM E TRATAM SEUS DEJETOS (PNSB – 2000).

*  79,8% DOS MUNICÍPIOS BRASILEIROS LANÇAM SEU ESGOTO DIRETAMENTE EM CURSOS D’ÁGUA (PNSB – 2000).

O terrível quadro relatado acima não afeta apenas o meio-ambiente e as reservas de água potável brasileiros. Segundo a Organização Mundial de Saúde, cerca de 80% doenças são causadas pelo contato com água contaminada. A falta de investimentos em coleta e tratamento de esgotos, bem como o desperdício de água, são uma bomba-relógio que custa muito caro, para ficar ligada.



Foto  4 – Esgoto – Barra da Tijuca - RJ

O terrível quadro de um país que vive na sujeira é agravado pelos dados relativos ao lixo. Os brasileiros produzem diariamente cerca de 125.281 mil toneladas de lixo, sendo que, 30,5% são jogadas a céu aberto (PNSB – 2000).
 As 13 maiores cidades do país são responsáveis por 31,9% deste total e 68,5% dos resíduos gerados nas grandes cidades brasileiras são jogados nos lixões e alagados (PNSB – 2000). O Lixo da cidade de São Paulo equivale a um estádio de futebol por dia.
 Dos 5507 municípios pesquisados, 63,6% depositam lixo a céu aberto em lixões (PNSB – 2000). Praticamente 70% do lixo é disposto inadequadamente, e apenas 13% tem seu destino o Aterro Sanitário (PNSB – 2000).



Foto  5 – Lixão de Maringá - Pr


Nas cidades menores, o quadro também é assustador. Dos 5.507 municípios, 4.026 (73,1%) têm população inferior a 20 mil habitantes. Nestes municípios, 68,5% dos resíduos sólidos são despejados diretamente em lixões e alagados.
A realidade social do Brasil ainda traz um agravante: existem pelo menos 24 mil pessoas que trabalham como catadores nos lixões brasileiros, entrando em contato sem nenhuma proteção com os mais diversos tipos de doenças e riscos à saúde. E mais alarmante é que 22% dos catadores registrados na pesquisa são crianças com menos de 14 anos e pelo menos 7.264 pessoas residem nos lixões espalhados pelo Brasil. (PNSB – 2000).


Foto  6 – Lixão de Aracaju - Se

Quanto aos resíduos de serviços de saúde, 2041 municípios brasileiros se quer coletam estes resíduos, sendo que dos 3.466 municípios que coletam os RSS, 1193 não fazem nenhum tipo de tratamento. (PNSB – 2000).



Foto  7 – Lixão de Canabrava – Salvador - BA

A destinação final revelada pela pesquisa, ainda é mais dramática, pois 2569 cidades vazam o lixo de serviço de saúde no mesmo aterro dos resíduos urbanos e apenas 539 municípios encaminham os RSS para locais de tratamento ou aterros especiais (PNSB-2000).
A reciclagem dos resíduos sólidos, uma das soluções tão decantadas para minimizar o problema do lixo urbano, ainda está bem distante da realidade brasileira. Apenas 451 municípios têm programas de coleta seletiva de lixo.



Atlas de Saneamento – IBGE - 2004


A DESIGUALDADE BRASILEIRA

Entre as várias informações importantes do Relatório de Desenvolvimento Humano divulgado pela ONU(v) recentemente, há duas notícias especialmente importantes para o Brasil, uma boa e uma péssima. De positivo, o documento revela que, de 2000 a 2001, a expectativa de vida dos brasileiros passou de 67,6 para 67,8 anos e a taxa de matrículas escolares entre 7 e 14 anos subiu de 92,9% para 95,1%. Graças a esses avanços, o Brasil subiu da 81ª para a 65ª posição num ranking de 175 nações. A péssima notícia é que o País continua atolado em um problema que compromete todos os outros indicadores: a concentração de riqueza. Pelo índice Gini, o mais usado para medir o grau de desigualdade na distribuição de riqueza, o Brasil ocupa a sexta pior colocação, superado apenas por paupérrimas nações africanas como Namíbia, Botsuana e Serra Leoa. Como o volume de dinheiro nas mãos dos ricos brasileiros é muito maior do que a riqueza da elite africana, a concentração de renda entre nós é dramática. O quadro do Brasil é ainda mais cruel do que o dos africanos, avalia a ONU. Enquanto os africanos vivem na pobreza por falta de recursos, os brasileiros geram muita riqueza, que fica nas mãos de uns poucos e não chega à maioria de pobres.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE – Na Sua Síntese de Indicadores Sociais 2000 (vi) “o  país termina o século marcado pela permanência da desigualdade”.



Foto  8 – Desnutrição no Brasil

Talvez haja uma luz no fim do túnel, mas o poder público, a iniciativa privada e a sociedade civil devem começar a tratar o lixo como uma questão urgente, imprescindível para o desenvolvimento urbano brasileiro.
O quadro retratado pela PNSB 2000 mostra avanços em relação ao último estudo, realizado em 1989. No entanto, a melhoria das condições do saneamento brasileiro ainda é pequena dada a importância do tema para um país que busca o desenvolvimento. Se compararmos, por exemplo, os avanços relativos à telefonia ou o desenvolvimento do mercado financeiro no Brasil, com o progresso feito na área de saneamento, pode-se constatar que os dois primeiros campos tiveram muito mais investimentos e atenção dos agentes públicos e privados.
Assim como educação e saúde, os investimentos em saneamento trazem retornos consideráveis para todos os envolvidos. Segundo dados do Sistema Único de Saúde, a cada R$ 1,00 investido em saneamento, os municípios economizam R$ 5,00 em medicina curativa da rede pública.
Os dados da PNSB são alarmantes, mas o momento é de reflexão e ação. Se os mais diversos setores sociais não encararem o saneamento como uma das prioridades nacionais, o Brasil continuará vivendo na sujeira, convivendo com epidemias do século passado e onerando os cofres públicos com soluções paliativas que em nada resolvem o problema.

Bem vindos ao mundo da ciência divertida!

Aqui estarão postadas notícias da área das Ciências, bem como alguns experimentos bem fáceis de se fazer, para que todos possam brincar de fazer Ciências...
Aproveitem.....